Tuesday 4 October 2011

teste


teste


Sunday 10 July 2011

escudo humano

Os dias e as noites
passam sem deixarem
novas marcas biograficas
em mim.

(alguem esta a decapitar os meus refens)

Ao meu lado,
relogios digitais deixam mensagens
que insultam qualquer pessoa minimamente sensivel.

Fora desta quarto ha uma casa.
fora este corpo, nao sei o que pode haver
Ja' nao me lembro de nada.
E seria torturoso esperar que eu me recordasse de como as coisas eram.




Thursday 9 June 2011

tenho aquela condicao dos nervos
que esta ligada a uma interrupcao involuntaria
da circulacao do coracao a todo o lado.
perdi quem eu amo mas ganhei aquela condicao dos nervos.

estou deitado na cama,
exausto da peste
nao me mexo, nem consigo imaginar mexer me.

o coracao bate muito ou nao bate nada.
os olhos, esses, e' que fazem sempre o mesmo.

Thursday 19 May 2011

Grande Sisma




O teu sangue ja nao aquece com a luz do dia.

Tua pele espessa como leite colhado

amorteceu tudo indescriminadamente.

Ate simplesmente tudo parar de chegar.


- Mais vale cortares mais partes de ti.


O teu torso ja nao ‘e abracado da mesma maneira.

As unhas decepam indescriminadamente

qualquer gesto que venha em tua direccao,

E os teus caninos acabam com o servico.


- Mais vale afogares partes de ti.


Deixaste de acreditar

que os labios te filtravam o mau do bom.


Mais vale injectares veneno em pequenas partes de ti.


Pode ser que o mates bem matado.

Sunday 1 May 2011

Sem grandes marcas

Amor fluido.Um daqueles que como agua que entra e sai por fendas na casa, sem te passar cartao.
Um dos que deslize por debaixo da porta, que te suba as coxas para te arder a fronte,
as fontes, a pele e os olhos.

Estas ao que parece a minutos de seres sufocada em nada e mais nada.
E tu que disseste que nunca mais eras enganada.
Afogas-te no meio de toda a gente,inevitavelmente como toda a gente.

Mas eu avisei.

Queres um liquido que se estiver frio congele
para que o possas cortar com as unhas para come-lo,
em vez de te molhar o peito a queres bebe-lo.

Todos querem um que silenciosamente entre e saia por fendas,
sem grandes grandes dores, sem grandes marcas e que nao te tire nada.

Thursday 31 March 2011

The other me



Wednesday 23 March 2011

Vivienne Westwood

Tens um armario cheio de pessoas como eu.
Cheiramos a mofo. Tu cheiras a rua.
veste-te e despes-te.Arrumas-nos.
A nossa pele amortece todos os toques que nao te agradam.
O nosso sangue absorve todo o que nao te embriaga.
Tens um armario cheio de pessoas como eu.
E amanha ha-de haver mais.

Sunday 23 January 2011

denial




Estou num pais se recusa a existir quando nao estas aqui.
uma terra no meio de uma terra debaixo da terra.
as montanhas gozam comigo.
e ate as nuvens fazem padroes suspeitos no ceu.

Assim que te foste embora as pessoas comecaram a jogar loto com o calendario.
e eu vou voando em direccao a um sol, que nao espera.
pois ele avanca.

A chuva esta diferente.
ela agora e um ele.
e cai sempre de dia e de baixo para cima
entra-me sempre pelas narinas
e da-me a sensacao que vou morrer afogado.

De noite, sou acordado alternadamente
ou por grupos de ladroes que me entram
em casa e partem-me os vidros das janelas, os pratos e os ossos.
ou por policias fardados de policias fardados de policias
que me acordam para cozerem a minha pele e endireitar ossos
que os ladroes atras tinham previamente partido.
nao consigo dormir, pois tudo doi.

o carteiro tem a chave da minha casa e nunca tras nada.
usa a minha casa de banho, come a minha comida e faz telefonemas anonimos para mim.
pergunta me sempre sobre o que eu planeio fazer para o almoco, ja que tu nao estas aqui.
Eu sei que e' ele quem telefona. Ele nao se importa.

Em frente da minha casa, as criancas gordas sao usadas como carros.
as mulheres empurram homens. os homens quando chegam ao fim, matam as mulheres.
as mulheres ressuscitam em mais mulheres e empurram os homens ate ao fim.
os homens ressuscitam em sapatos de salto alto.
eu vou morrer em breve

As criancas louras comem baton da boca dos pais;
as outras polvora com o leite ou gasolina.
carros sao sempre rapazes.

raparigas sao mulheres
que impurram homens
que quando chegam ao fim
matam as mulheres que depois vao reincarnar
noutras mulheres que empurram os homens ate ao fim.

O logotipo do tesco e preto e cinzento em forma de caveira.
haggis e' uma marca de cigarros
kilts sao cordas de enforcar.
cerveja e' mijo, e mijo e' cerveja.

entao ves grupos de homens a serem empurrados pelas mulheres
e outras mulheres a tentarem empurrar outros homens
para ver se conseguem apanhar um bocado da cerveja
que ta a ser do penis do homem. O penis que agora e' finalmente uma teta.
ta tudo em harmonia, sincronizado. menos eu e tu.


quem nao te tem a ti morre.
isso parece ser a unica coisa que nao mudou.





Thursday 6 January 2011

for the eternal love of the ruling class

A philosophic and sociological concept, originated by the Marxist philosopher Antonio Gramsci, that a culturally-diverse society can be ruled or dominated by one of its social classes. It is the dominance of one social group over another, e.g. the ruling class over all other classes. The theory claims that the ideas of the ruling class come to be seen as the norm; they are seen as universal ideologies, perceived to benefit everyone whilst only really benefiting the ruling class.


microwave food


Tonight we eat zero joules


All the king's horses and all the king's men

Couldn't put together

What the tapeworms have abraded.


Your saliva glues no more.

Monday 3 January 2011

blue on blue




There is nothing unlawful about

Wanting you to expire by hypercarbia

As you inhale more of her breath than what you are supposed to.

There is nothing peculiar about wanting you to pass on,

Victim of some Bywaters' syndrome

As you lay with both lungs and breast

Illegally compressed

By foreign weight.


There is nothing insane about

Wishing some rare African disease on you,

If we could just agree on something

like internal leakage can be caused by rubbing.

(Repeatedly against a sharp object or someone else's tender flesh)


And that the moist fingers you feel,

might have pierced organs first

those that are responsible for converting

( I really don't know, so don't ask )

me - mine - my

electro-chemical impulses in neurons.


There is nothing particularly inhumanly cruel about you.

There’s also nothing really inhumane about me