Tuesday 27 May 2008

semente

Eu não tenho medo.

- Faço-te é o coração bater mais rápido.

Gatos e as suas curiosidades


Há qualquer coisa nas caixas das Pandoras que nos deixam sempre excitados. Deve ser das curvas, não achas?

Eu sou um insecto. Estou a observar me ao espelho. Observo todo o santo dia os meus rituais e anoto-os, compreendo-os, avalio-os por grau de necessidade e de desempenho.

Ainda não tenho o cabelo a cair, mas há zonas onde ele não vai crescer muito mais. Ainda não tenho surpresas. Sou demasiado elaborado para surpresas. Eu sou a piada que eles contam quando não conseguem mete-la dura. eu sou a piada que elas contam na padeiria nas segundas de manhã enquanto esperam pelo pão quente. Que se foda o corpo de Cristo quentinho. Eu sou o exemplo.

Digestão


Claro que só posso falar disto com vocês. Porque falar com vocês sobre possíveis quedas na bolsa, ou sobre futuros massacres ou sobre escandaleiras políticas que estão ai a virar na esquina será sempre um esforço inútil.

Não é que não queiram ouvir, não conseguem é ouvir. Não têm espaço para ouvir.

O roncar da fome dos vossos estômagos, o rosnar dos vossos sexos não deixa lugar para mais nenhum outro barulho. Desisto de fazer ruído.

A partir daqui tudo será importantíssimo, eu sei o que digo porque eu sou o teu neurocirurgião - da alma. Comer primeiro, falar depois.

Sputnik


Hoje devemos amar só as coisas permanentes como o sol e as estrelas e os satélites dos Americanos que forrados num plástico bonito, nunca desaparecem.

Odiar as estrelas cadentes pela vulgaridade da sua inconsistência. Temos de apontar dedos e acusar os inconsistentes; que raça filha da puta. Eles são os culpados dos nossos desejos falhados e dos desejos grandiosos gastos - neles. -- - Que raça filha da puta. A minha alma parece-me impossível; sonho americano esse, o de ter uma alma para trocar.

É melhor ter a devoção de um qualquer casado do que de nenhum. Não é mãe?

O processo de racionalização.


Mais de um milhão de calorias comidas e eu sem produzir nada.

A televisão embala-me com histórias sobre overdose em Oslo.

Eu estou cheio de sono, mas não tenho motivos nenhuns para ceder. Tu tens motivos para teres sono?

Explica-te. - És exactamente como eles, és um mentiroso.

O Vício.


Come,caga,come,caga,come,caga,come,caga,

- Caga

- Respira.

Não devemos tocar nos humanos. Nem por baixo da roupa nem por cima. Os progenitores rejeitam-nos. Não devemos alimentar pessoas que têm pena delas próprias.

come,caga,come,caga,come,caga,come,caga,

- Respira.

Não devem tocar nas pessoas que têm pena delas próprias. Vou dormir.

O Sistema solar.


De volta ao planeta terra:

Eu já não reconheço o meu próprio cheiro nas roupas sujas. As minhas unhas estão a crescer a um ritmo assustador. A minha pele está a escamar inflamada e o meu corpo ao engordar, rejeitando-me bocadinho a bocadinho.

De volta ao meu planeta terra dou um beijo na testa do meu poltergeist.

A guerra fria.


Vamos erguer muitos muros de Berlim.

As mentiras dadas às sextas-feiras, dão te asas e arrancam-te os pés do chão. Corrompendo-te os ossos ficando a menina, com eles ocos.

E agora é tarde demais para meteres as patas no chão.

Agora vives ai em cima onde ninguém te consegue escutar, foste escapando ao teu alto colesterol que te entupia. Mas agora ninguém te escuta as tuas utopias.

As mentiras são giras e vão te dando um tom saudável ás tuas bochechas mas por dentro não consegues respirar com coagulos-de-tretas nos pulmões.

As verdades alternativas deram-te asas compridas e balanço, para uivares para dentro dos teus próprios gritos.

A lua não te quis.

A formula.


Os números provocam-me:

Duas moléculas de oxigénio, uma molécula de hidrogénio como a do Sol. Somos todos mais leves que o ar. As pessoas que se cruzam comigo na rua , são mais baratas nesta altura do ano. Eu não te tenho conseguido foder nesta altura do mês.

Trinta e um, vinte e quatro, sessenta, sessenta. sessenta , sessenta. Seis, zero.

Nem mais um minuto para ti.

000000010000000

Eu arrisco morrer de cancro cada vez que escrevo coisas sobre ti, vossa tão implacável excelência. Cancro e banhos frios.

Nunca me dizes nada.- Sinto me mal por esperar por noticias tuas.

Eu não te tenho dito muita das coisas que eu tenho sentido ou pensado quando vou ás nossas sessões espíritas.

Eles acendem as velas e eu, vou pensando nos nossos futuros mecanismos românticos, aquecendo a cama.

3 LINHAS

Divido um comprimido em dois. Tomo-os por mim e tomo-o por ti.

Todos os corpos que vivem no outro lado da cerca são sempre mais apelativos que os nossos; - Saldos.

Saldos, não há nada que não possas fazer. Faz-me. Por favor. Mama-me , Chupa-me , Fode-me, Repete-me e veste toda a população pobre do nossos país com a roupa da Zara ou da Morgan.

Todos nós merecemos. Eu sei que eu mereço os nossos saldos de Janeiro.

DIA 19




Escolhe o teu disfarce preferido porque hoje vais ter de sair.

nada para ninguem


Eu não tenho corpo para cremares e não tenho olhos para comeres. Todo eu, sou um espelho. "- por isso", diz ele pensa bem no que dizes e como o dizes quando o fazes para mim.

Gostas do que vês? Gostas quando eu abano a cauda?

És ridículo, e claramente estúpido: duas linhas acima eu disse " eu não tenho corpo".

DIA 21


Basta de merdas e de maus anúncios.

Eu não consigo ter olhos; estes são os meus últimos dias. Eles querem me transferir de cela; ou mudar-me de universidade ou de curso ou de namorada ou de partido ou de pais ou de país ou de medicamentos ou de partido politico ou de circulo de amigos. Eles querem me trocar as cores das canetas para me baralharem.

Eu agarro me aos pontos de exclamação e os de interrogação. A minha caneta é laranja nasceu de um brinde do casino Estoril. As minhas veias são roxas e nasceram de uma foda muito mal dada.

Os meus olhos em caso de os ter seriam emaranhados por pequeníssimas veias capilares. Molhei os segredos com água salgada.

DIA22

Hoje estou com asma.

Ninguém consegue respirar agora, ela chegou.

Não sinto qualquer tusa animalesca por ti. Espero honestamente que não descubras; vou me ocupar para nunca me veres nu.

Cortar todas as árvores do mundo, rentinhas ao chão. Endireitar todos os disléxicos. Colorir os daltónicos; comer todo o pó e heroína com uma colher de plástico esterilizado.

...E pedir beijos que não me poderás dar. Inverter pilas, mete-las para dentro, guarda-las onde guardamos a apêndice. Empurrar o que resta dos olhos dos cegos para dentro com os dois polegares sincronizadamente. Para dentro e para fora, para dentro e para fora, por dentro e por fora.

Ampliar conas em casulos, morrer afogado em oxigénio e amor.

DIA 23 ou Baby i'm on fire


Hoje devemos amar só as coisas permanentes como o sol e as estrelas e os satélites dos Americanos que forrados num plástico bonito, nunca desaparecem.

Odiar as estrelas cadentes pela vulgaridade da sua inconsistência. Temos de apontar dedos e acusar os inconsistentes; que raça filha da puta. Eles são os culpados dos nossos desejos falhados e dos desejos grandiosos gastos - neles. -- - Que raça filha da puta. A minha alma parece-me impossível; sonho americano esse, o de ter uma alma para trocar.

É melhor ter a devoção de um qualquer casado do que de nenhum. Não é mãe?

DIA 24


Criar clones a partir de suspiros dados no espelho. Triste sina esta; tu não estás cá, tu não estás cá, tu não estás cá, tu não estás cá, tu não estás cá, tu não estás lá, eu não te quero cá.

Estou a ser aquecido por tecidos, líquidos, dermes, epidermes sintéticas. Nylons e tretas que não caberiam numa mala de viagem. A não ser cortada às postas com um machado.

Por mais banhos que tome, serei sempre o mesmo.

DIA 25


Por mais que tu preenchas esse buraco com sandes de doce com manteiga de amendoim, linhas de coca, chutos de heroína , homens ,poppers, mulheres, poppers, meninos , meninas , futebol, cerveja, vinho , coca cola, chocolate, shots no bairro alto, viagens em lowbudgets airlines; mais desapareces. A tua carne finalmente perdeu elasticidade. tu não prestas. população : 1- Cedeste; Tenta não levar tudo atrás.

eu estive aqui

Estou velho, enfio ampulhetas no cu.

Mascaro as impressões digitais na minha cara com sémen seco. Tento a regeneração patética enquanto me alimento da hemoglobina que sobra nas raspas do teu período menstrual. Tento tudo o que vejo nas revistas.

Sou uma velha cobra nocturna; vou te comendo os ovos quando não vês. Não te estou a conseguir engravidar. Vou te comendo os ovos, trincando o útero.

Depilo-me com os vidros que eu consigo reverter em areia. Tenho mesmo de parecer novo; assim disse-me Darwin.

Quando acabar com os teus ovos, vou comer crianças, mas só as virgens.

DIA 29


Eu sou um mau humano.

Pisar rebuçados e chupa chupas não é fácil. Vem ai o homem da gabardine escura mas limpinha, nós não falamos, nem depois de observarmos atentamente o que um e o outro tem para trocar.

Chegamos a uma conclusão silenciosa que não temos nada para a troca. É tudo aborrecido, é tudo repetido. XY -XY

Eu piso rebuçados e chupa chupas, com a facilidade de quem pisa vidro com os pés descalços. Vem ai o homem da gabardine limpa.

A glorificada tusa do mijo. A praia não quer nada comigo.

DIA 30


mau pedaço de carbono ---->mau aborto---->mau animal ----> mau humano ----> mau bisneto ----> mau neto ----> mau filho ----> má criança ---->mau aluno ----> mau em tudo---->mau amigo ---->mau melhor amigo ----> má foda ----> mau namorado ----> mau amor de alguma vida ----> mau trabalhador ----> mau consumidor ----> mau horóscopo ----> mau inimigo ----> mau mentiroso ----> mau fingidor ---->mau pagador ----> mau amante ----> mau doente ----> mau atleta ----> mau ganhador ----> mau perdedor ---->má visão ---->mau olfacto ---->mau de tacto ----> má língua ----> mau de ouvido ---->más memorias.

DIA 31


Não há nada a fazer a não ser, dar socos e socos no teu útero para acordar o monstro que não quer nascer.

Antes que tragam as lâminas e as máquinas de aspirar, prefiro dar socos e socos, para ressuscitar o monstro.

Não há muita coisa a fazer, a não ser parar de rezar.

DIA 32


Eu não sou levado a serio; nem eu nem este ganso castanho. Cães obesos ligados a meninos agoniados que por sua vez agarrados ás saias das mãezinhas; mamãs sem espinha vertical num parque público.

As meninas essas, sempre mais espertas; fogem dos papás. Vão atrás dos pombos mal nutridos.

As crianças estão super-nutridas, cagam pepitas de chocolate que embrulhadas ainda vão alimentar famílias num mundo que assiste ao filme lá muito atrás onde o som não chega nem nunca vai chegar.

As cores chegam até mim muito berrantes hoje e eu ou finjo que leio ou finjo que espero por alguém neste admirável mundo novo.

Dia 34


Os dias cobardes do meu amor;

- Cobarde.

Dia 35


O que esperas de mim? Demoraste tanto tempo para fazeres a tua primeira tentativa. Mas isto não e um jogo. Eu não sou um jogo. E se eu fosse um jogo, ninguém sai daqui vivo. Mas eu não sou um jogo.

Entretanto o mijo que vai caindo em cascata por cima dos meus pés recorda-me da cor dos meus sonhos. - Os meus sonhos dourados.

Está tudo vazio agora. Sem nada.

Dia 36


Esperei que não te fosses embora. Eu tinha mais para te oferecer. Tenho a sensação que e isso que esperas de mim, oferendas. Abres-me ao meio e esperas coisas.

Lembro-me da primeira vez em que eu me esporrei todo dentro de ti. Mas tu vomitaste tudo para fora, como uma bulímica nervosa.

Sujamos a minha cama, e foste deixando uma trilha ate a porta da rua.

-Não sinto muito a tua falta.

Dia 37


Custa-me a respirar. Fundo. Parece que os meus pulmões sofrem de ataques de histeria e não conseguem mesmo ir ao fundo de qualquer coisa.

Abro a boca o máximo que consigo mas só consigo engolir uma quantidade mínima de oxigénio o suficiente para me fazer ir de A a B sem adormecer ou mentir-te pelo caminho.

Não sei porque te digo isto tudo, tenho sentido cada vez mais uma estranha incapacidade de confiar. Mais do que o normal, percebes.

Eu desconfio de toda esta gente que partilha o mesmo coma que eu.

Será isso que esperas de mim, O inventario dos danos infligidos?

Dia 38


- As tuas amigas, com que fugiste, são obesas.

Eu poderia ter ido nessa viagem, escondido numa delas.

As tuas amigas não tem alma, elas comem tudo.

Mas quem sou eu para te hoje manter aqui?

Dia 39


Hoje Esteve bastante vento dentro de casa.

Tu respiravas e eu inspirava; ias tranquilizando a tua culpa em cima do meu corpo.

Tu arrastavas-te e eu prolongava-me. Promovia-nos.

- Tu compreendes. Com ou sem amor, com sem o teu amor.

- Tu percebeste o que eu quero dizer.

Se pele jamais conseguiras existir.

Estas coisas nesses dias não passaram despercebidas por mim.

- Queres tentar parar por aqui?

Dias compridos esperam por ti.

Dia 40


Estou a tentar manter um diálogo construtivo – de cronologia linear especialmente para ti.

Peça a peça.

Tu movimentas um peão eu movimento outro peão.

Acho que só quando um dos dois chega ao final do tabuleiro, poderá:

- Ambicionar em cortar as amarras

- Quebrar os circulos,

- Arredondar os cubos

- Modificar o pi.

- Anular promessas

Educar amantes .

Dia 41

Viciar o vicio.

Dia 42


Hoje conspirei em modificar-lhes o código genético enquanto ele-ela dormem - Descansados. Também pensei em demolir monumentos erguidos em - nada.

Quebrar a barreira do som e do choro. O ultimo movimento do corpo e para ganhar o jogo, mas ninguém ganha enquanto um dos dois salivar néon.

Nao digo mais nada aqui de muito importante porque tenho a sensação de que estou a ser seguido quando me movo,

ou que estou a ser ouvido de longe quando estou parado. Prometo que não vou conspirar mais. Prometo.

Dia 43


A nudez ira sempre ser o melhor disfarce de todos.

-O nu tornou-te invisível, mas as gotas de suor que contornavam o teu corpo, deixavam-te vulnerável, visível. Os fluidos criaram as linhas, as linhas que tu pisaste.

Nota mental:

pensar em disfarces e em mecanismos de contra espionagem.

Nunca mais voltar a tomar medicamentos; confiar nos médicos nem nos carteiros; policias ou vizinhos recentes ou de amigos de longa data.

Dia 44


Hoje pergunto-me o porque de tu voltares aqui. Porque e que ainda aqui estas? Pagina a pagina estas a chegar pela primeira vez ao ponto de partida e Isso e obvio para todos Tu consegues comprar me, mas nunca me iras perceber.

E se as flores do mal de que tanto se falou, fosse toda a parte não-espiritual que compõe a da tua cona?

Ainda assim achas que cheiravas bem?

- Para sempre?

Dia 45


Faças o que fizeres, não me acordes.

Não há “amo-tes” a separar episódios

Dia 46

Não tens nada para te distrair, e todos os sons te parecem iguais por mais que penses todas as tuas equações provocam o mesmo resultado; - Final.

Mas isto eventualmente vai ficando sujo e vêem pessoas a correr para comer a pele seca que ficou esquecida nas alcatifas que queimavam os nossos joelhos, no inverno e no verão.

- Parece que finalmente estou a começar a fazer algum sentido.

Tu não olhes para mim como se eu fosse um mimo partido, ou algum outro brinquedo com o céu-da-boca adormecido. Já não tenho espaço para formular desejos esquisitos. Eu sou uma obra de arte e isto esta a ficar tudo estupidamente repetido.

Dia 47

Neste dia não pensaste bem em nós,

Fomos ficando lentamente com os olhos fechados e com as mão atadas a compromissos.

Enquanto isso no quarto, os nossos linguados, faziam-nos ignorar o reflexo de vomitar. Engastávamo-nos mas não vomitávamos.

Tu queixavas-te sempre que estavas no lado errado do caralho; E eu dizia que um dia seria o martelo em vez do prego.

Tínhamos ao que parecia uma fobia conjunta em viver, juntos.

Estava tudo fora do lugar.

Mas nós prestávamos atenção á luz, ela por sua vez ia nos fazendo o favor de nos manter surdos.

Dia 48


O dia em que as moscas se metamorfaram em homens.

Não todas ao mesmo tempo - mas por turnos.

Dia 49


O que eu queria era acordar no outro lado da cama. Usar-te mas metodologicamente ao contrário. Nada me faz andar mais rápido do que ver-te ai parada, sem nada.

Queria usar a tua pele, mas ao contrário; dava tudo para que o teu coração salta-se aquela importante pulsação.

Eram sete e trinta da manha quando eu acabava de memorizar as tuas pestanas.

O meu PIB é maior que o teu.

Dia 50

Os cães estão a ladrar por ti.

Dia 51

O movimento pélvico norte-sul é uma manifestação

Pura e estúpida do meu medo.

O movimento craniano baixo-cima era uma manifestação ridícula do teu medo.

E mesmo assim ninguém nos viu tremer.

- Putas passivas , putas agressivas.

Monday 26 May 2008

Dia 52

Acordei com a sensação que a tua alma encolheu.

- Isto não e uma parábola.


Dia 53

Tu vês o fim mas não consegues ver o inicio. Típico de quem roeu o utero do pai e da mãe.

Eu só quis mesmo ser tua amiga para minimizar as hipóteses de tu me magoares.

Por umas horas até te pareço como alguém:

- Adorável

- Execrável

Quanto tempo achas que eu vou durar por aqui?

Imagina só isto:


Na sexta feira como não trabalho, vou à cidade e compro umas coisas boas para fazer um jantar porreiro para ti, já que vens do emprego cansada. Preparo-te algumas supresas.


A primeira é o jantar que vai estar já feito. A segunda, a segunda é que vai ser Sushi. Um dos teus pratos preferidos.A terceira supresa é de eu ter aprendido a fazer sushi sozinho.

A quarta é de eu mostrar interessado na tua obsessão pelo Japão ( inracional ).

A quinta supresa : será a bebida. Escolhi champagne. Eu sei que não gostas de beber alcool durante as refeições, mas eu sei que tu nunca dizes que não ( eu quero celebrar ).

A sexta supresa será os calmantes que eu esmigalhei e que tu não os vais encontrar na tua bebida.

A setima será o meu ampliar de horizontes. Os meus novos hobbies ( eu não estagnei ).

A oitava supresa será o de tu começares a dormir no meio da refeição. Tu que normalmente só vais dormir bem depois de mim. A nona supresa , bem a nona supresa será o picotado que terás na pele, do umbigo ao coração. Não sei como irás explicar isso a ti quando acordares. A decima supresa provavemente serás tu própria abries os olhos e acordar.decima primeira será o numero que eu coloquei no fast dial. Tu sabes qual é. A decima segunda supresa é quando tiveres deitada com ele , ele por cima e eu escondido dentro de ti. A decima terceira e ultima supresa será quando ele notar movimentos estranhos debaixo da tua pele e olhar bem para o teu picotado estranho que te apareceu na pele e que tu pensas que é alguma alergia , e eu , e eu lhe piscar o olho e sorrir como uma menina da escola envergonhada. Eu deixei um buraquinho de proposito aberto perto da zona do umbigo e do coração( acredito em destino ).

A supresa numero treze é que eu estou apaixonado pelo teu amante.

Vestido inflamável

Tu podes fingir-te de morta quantas vezes quiseres.

Há de haver sempre uma janela por onde fugir.

O homem do telejornal disse que tenho uma bactéria a comer-me o interior das coxas e o recheio dos meus testículos. As bactérias querem entrar pelo meu escroto desidratado para poderem nadar nuas na minha imaginaria corrente sanguínea.

A minha pele está a quebrar-se com a pressão.

Avisaste me para prováveis surpresas e futuros beijos.

Avisaste me que um dia me ias roubar o Ar.

Eu tenho medo.

Eu não encontro saída, eu toco nos espelhos mas eles não se abrem. Eu danço e conto histórias para os espelhos mas eles não se abrem. Eu roubo-te o baton e escrevo o teu nome no espelho, mas ele não se abre.

Eu não encontro saída. As portas abrem-se e fecham-se para a casa respirar mas as superfícies que um dia reflectiam luz, ficaram baças e antigas.

Trago o teu feto contigo.

Não é cerveja. É um bebé morto. Feto, feto, feto.

Tira-me uma foto agora. Prende-me a algum lado para eu um dia poder fugir.

Nós discutimos.

Nós discutimos porque somos pobres. A nossa comida é diferente da dos ricos. Os nossos filhos discutem como nós discutimos. Discutimos porque a nossa comida é diferente.

Os ricos querem que nós estejamos sempre a discutir, para nós não conseguirmos organizar-nos e roubar-lhes o lucro que deus nos prometeu.

Nós discutimos porque somos pobres. A nossa comida depois de comprada é chupada e mastigada. Entretanto nos nossos mentirosos estômagos, elas se vão lentamente decompondo em gases que nos fazem rir, chorar e discutir.

Eu cheiro o teu bafo e por vezes consigo rir, outras vezes vêem me lágrimas aos olhos mas na maioria das vezes nos discutimos quando cheiramos o bafo um do outro.

Temos de mudar de comida. Temos de comer em turnos para que um de nós coma bem e o outro não coma nada. E depois trocamos.

Na maioria dos dias eu sinto me trocado. E para equilibrar o jogo vou te substituindo um centímetro cúbico de carne por dia, se te aperceberes de que te ando a morder. Eu mordo-te quando estás no sofá a ver o teu reflexo na televisão. Eu mordo-te quando tu te perdes narcissistícamente nas pupilas dos meus olhos.

Eu só existo por aqui, para te reforçar por contraste a tua identidade. Vou parar hoje por aqui. Dói-me a mão.

To do list

o que é que tu queres de mim?

hei de eu sufocar a tua rainha.

Mantra

Tu falhas praticamente tudo o que imaginas conseguir
não há nada colectivo em ti.

é tudo isolado.

todos os teus fracassos são individuais.
vomitas com a facilidade de como transpiras.
para ti o chão nunca se abre nem o céu chega a cair.
todo o teu correio chega atrasado.
para ti o sexo não é sexo.
para ti o sexo é qualquer coisa
que te faz deixar de pensar em ti. nada é sagrado.
para ti.é sempre para ti
pensas que é sempre tudo sobre ti.
tu falhas praticamente tudo o que imaginas conseguir.
não há nada colectivo em ti.

é tudo isolado.

todos os teus fracassos são individuais.
vomitas com a facilidade de como transpiras.
para ti o chão nunca se abre nem o céu chega a cair.
todo o teu correio chega atrasado.
para ti o sexo não é sexo.
para ti o sexo é qualquer coisa
que te faz deixar de pensar em ti. nada é sagrado.
para ti.é sempre para ti
pensas que é sempre tudo sobre ti.
tu falhas praticamente tudo o que imaginas conseguir
não há nada colectivo em ti.

é tudo isolado.

todos os teus fracassos são individuais.
vomitas com a facilidade de como transpiras.
para ti o chão nunca se abre nem o céu chega a cair.
todo o teu correio chega atrasado.
para ti o sexo não é sexo.
para ti o sexo é qualquer coisa
que te faz deixar de pensar em ti. nada é sagrado.
pensas que é sempre tudo sobre ti.

estás isolado.